sábado, 3 de dezembro de 2011

Reféns (Trespass, 2011)



Elenco: Nicolas Cage, Nicole Kidman, Cam Gigandet, Liana Liberato, Nico Tortorella, Jordana Spiro, Dash Mihok, Ben Mendelsohn, Zurab Matcharashvili.
Direção: Joel Schumacher
Gênero: Suspense
Distribuidora: Imagem Filmes
Orçamento: US$ 35 milhões.

Kyle (Nicolas Cage) e Sarah (Nicole Kidman) e a jovem Avery (Liana Liberato) vivem em uma elegante e segura casa com todos os confortos modernos. Tudo está bem até o momento em que a casa é invadida por criminosos e a família é feita refém. Agora todos os segredos da família deverão ser revelados na luta contra os invasores.



Quando vi, tardiamente, o nome de Joel Schumacher na direção de Reféns, fiquei meio decepcionado. No geral, Schumacher é um diretor de bons filmes e é, sem dúvida, um dos grandes nomes de Hollywood, o que gera dele certa expectativa. Entretanto, devemos lembrar que ele foi o responsável pelo vergonhoso Batman e Robin ou por outros apenas medianos como Town Creek (que tem uma excelente história que poderia ser muito melhor aproveitada) e Número 23. Tais filmes não excluem de forma alguma filmes excelentes como Oito Milímetros, Tempo de Matar, Por um Fio e Linha Mortal. Como eu disse, Schumacher é um diretor memorável, e como tantos, também suscetível a altos e baixos.


Entretanto, Reféns se mostra apenas mais um exemplar dos filmes medianos de Shumacher. Com uma trama boba e atuações simples, o elenco se vê perdido em suas personalidades convenientemente moldadas para servirem à história, quando o ideal seria a trama se adaptar ao caráter dos personagens, o que por si só já é uma fraqueza do roteiro.  Por ter Nicolas Cage e Nicole Kidman no elenco, acredito que os atores não puderam fazer muito no quesito atuação devido ao fato de terem seus personagens, de certa forma, engessados para se adaptarem às surpresas que o filme nos apresentam ao longo da projeção.


Em alguns momentos, eu duvidava de estar vendo uma superprodução em uma sala de cinema, em pleno século XXI, pois o filme, por diversas vezes (devido às suas reviravoltas surpreendentes mas superficiais) me lembrava aquelas exibições que passavam há uns quinze anos atrás no Supercine. A partir do meio da projeção somos apresentados a diversas situações completamente novas, como uma sucessão de Deus ex-machina cinematográficos para salvar uma história que está fugindo do lugar comum.


Talvez se o roteiro se ativesse mais à sobrevivência das vítimas e não ao que havia por trás do crime cometido pelos invasores, a história seria mais interessante. Agora, o jeito é esperar pelo próximo grande suspense de Schumacher. E esperar para não me decepcionar novamente.



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